O
início da carreira de Malinowski coincidiu com um período de desenvolvimento de
novas técnicas de pesquisas e críticas aos métodos interpretativos vigentes na
Antropologia. Nesse período, as formas de compreensão dos grupos humanos eram
baseadas nas teorias difusionistas que compreendiam as culturas como mistura de
traços herdados de outras culturas e evolucionistas
em que todos os grupos humanos teriam que atravessar as mesmas etapas de
desenvolvimento.
Até o século XIX, a maioria dos
antropólogos não tinha contato com os povos primitivos sobre os quais
relatavam. O material histórico, arqueológico e os relatos de viajantes,
missionários, colonos e funcionários dos governos coloniais eram à base dos
trabalhos sobre as civilizações. Entretanto, alguns autores como Morgan,
Cushing e Boas já desenvolviam suas pesquisas utilizando o trabalho de campo.
As observações diretas ganharam
repercussão entre os estudiosos e antropólogos no final do século XIX. Em 1889,
a publicação das investigações sobre os aborígenes australianos de Spencer e
Gillen fez surgir novas perspectivas sobre o trabalho empírico e inspirou
grandes obras dentre elas A família entre
os aborígenes australianos, o primeiro livro de Malinowski (1913).A partir desse período, com o
desenvolvimento sistemático do trabalho de campo, surge uma nova forma de
estudar as manifestações humanas: o Funcionalismo.
Na antropologia o
Funcionalismo desenvolve-se em três linhas: a dos discípulos de Boas, nos estados
Unidos; a de Radcliffe-Brown e a de Malinowski, na Inglaterra.Esses autores promoveram uma verdadeira
crítica às teorias difusionistas e evolucionistas que dominavam a antropologia
clássica. A principal crítica que Malinowski dirigiu à antropologia clássica
refere-se à arbitrariedade das categorias utilizadas. Os elementos culturais,
para os funcionalistas, não podiam ser manipulados arbitrariamente, pois fazem
parte de sistemas definidos, peculiares de cada cultura e cabendo ao
investigador de campo descobrir.
Brenda Rodrigues.
Fontes Bibliográficas:
MALINOWSKI, Bronislaw. Vida e Obra (Argonautas do Pacífico Ocidental) 1884-1942. Ed.2, São Paulo: Abril Cultura, 1978.
MALINOWSKI, Bronislaw. Antropólogos e Antropologia. Adam Kuper (organizador), 1978. Rio de Janeiro, F, Alves.
Brenda Rodrigues.
Fontes Bibliográficas:
MALINOWSKI, Bronislaw. Vida e Obra (Argonautas do Pacífico Ocidental) 1884-1942. Ed.2, São Paulo: Abril Cultura, 1978.
MALINOWSKI, Bronislaw. Antropólogos e Antropologia. Adam Kuper (organizador), 1978. Rio de Janeiro, F, Alves.
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