I. Malinowski
“O objetivo de estudo da Antropologia foi definido com razoável clareza no início do século XX[...] Sua essência era o estudo do homem ‘primitivo’[...] o estudo da cultura.” (p.12, ¶ 2)
“Malinowski expõe o seu ponto de vista com referencia às preocupações das principais escolas.” (p. 14, ¶ 3)
“A influência do meio ambiente sobre as instituições culturais e a raça é estudada pela Antropogeografia [...] A influência recíproca dos vários aspectos de uma instituição, o estudo do mecanismo social e psicológico no qual a instituição se basea, constituem um tipo de investigação teórica que, até ao presente, só se praticaram de um modo conjectural. Mas arrisco-me a predizer que mais cedo ou mais tarde adquirirão certa personalidade própria”. (p. 14, ¶ 4)
“Radcleffe-Brown escreveu de um modo mais seguro e direto.” (p.15,¶ 1)
“Creio que, de momento, o conflito realmente importante nos estudos antropológicos não se trava entre os ‘evolucionistas’ e os ‘difusionistas’ nem entre as varias escolas de ‘difucionistas’, mas entre a história conjectural, de um lado, e o estudo funcional da sociedade, do outro.” (p.15, ¶ 2)
“A contra influência de Durkheim e da sua Escola de Paris, a qual atraíra as atenções de Radcleffe-Brown [...] antes da I Guerra Mundial e que continuou a influenciar os antropólogos sociais britânicos.” (p. 15, ¶ 4)
“O enfoque funcionalista não era visto como algo que desejaria as preocupações evolucionistas e difucionastas mas, outrossim, como algo que deveria ser-lhes adicionados.” (p. 19, ¶ 3)
“Era essa opinião do próprio Malinowski. Ele manteve-se evolucionista durante toda a sua carreira e, a semelhança dos seus colegas ortodoxos, acreditava que a coleta de fatos cuturais vivos iria gerar, em ultima analise, leis evolucionistas.” (p. 19, ¶ 4)
“Doente demais para continuar suas pesquisas científicas. [Malinowski] Desesperado decide distrair-se com a leitura de um clássico inglês, escolhe The Golden Bough e coloca-se imediatamente ao serviço da antropologia franzerina.” (p.21, ¶ 1)
“Na época em que estava centralizado seus exames para obtenção do doutorado, leu pela primeira vez The Golden Bough, e isso, afirmou por diversas vezes, foi o que fez dele um antropólogo.” (p.22, ¶ 2)
“Em Leipzig decidiu depois diversificar seus interesses e estudou Psicologia Experimental, sob a direção de Wundt, e História Economica, com Bübher.” (p.22, ¶ 3)
II. Radcliffe-Brown
“Malinowski trouxe um novo realismo para a antropologia social, com sua percepção aguada dos interesses reais subentendidos no costume e suas técnicas radicalmente novas de observação. Radcliffe-Brown, por sua vez, introduziu a disciplina teórica da Sociologia francesa e veio em ajuda dos novos pesquisadores de campo com uma bateria mais rigorosa de conceitos.” (p. 51, ¶ 1)
“Radcliffe-Brown sofreu a influência das teorias sociológicas de Durkheim antes da I Guerra Mundial.” (p. 52, ¶ 2)
“Radcliffe-Brown dividiu os ‘costumes’ em três tipos: técnico, regra de comportamento e aquilo a que chamou ‘costume cerimoniais’, nos quais concentrou sua atenção.” (p. 58, ¶ 4)
“A sociologia de Durkheim foi a mais importante influência sobre o pensamento maduro de Radcliffe-Brown, mas ele também permaneceu um evolucionista na tradição de Spencer.” (p 65, ¶ 2)
“Apesar das menções iniciais há uma explicação ‘cultural’ e ‘psicológica’, a sua orientação desde 1910 foi definitivamente psicológico. Para ele, a sociologia significava uma espécie de trabalho realizado por Durkheim e, acreditava às vezes Steinmetz e Westermarck, mas não era certamente a corrente geral de pesquisa e reportagem social
que passava por sociologia nos EUA. Ignorava, segundo tudo leva a crer, a obra de Weber e Simmel, mas as teorias destes só se tornaram amplamente conhecida na Grã-Bretanha na década de 1940.” (p.65, ¶ 3)
“Poderíamos resumir o desenvolvimento desde Durkheim até Mauss e Radcliffe-Brown dizendo simplesmente que os estudos de Malinowski nas Ilhas Trombiand se situaram de permeio. Curiosamente, eles influenciaram mais o trabalho Mauss do que o de Radcliffe-Brown, e o próprio Malinowski não tardaria em afastar-se das preocupações das idéias de Durkheim.” (p.67, ¶ 3)
“Radcliffe-Brown dedicou-se mais ao estudo das relações sociais.” (p.67, ¶ 4)
“A forma estrutural esta explicita em ‘usos sociais’, ou normas sociais, os quais se reconhece geralmente como obrigatórios e são largamente observado. Portanto, esses usos sociais tem as caracteristicas dos ‘fatos sociais’ de Durkheim, mas Radcliffe-Brown insistiu, uma vez mais, em que eles não eram deduzidos mas sim observados.” (p.69, ¶ 3)
“A especialidade de Radcliffe-Brown era o sistema de parentesco e foi esse o campo em que teve maior liberdade para desenvolver os seus próprios ‘insights’, uma vez que Morgan e Rivers tinham-se baseado em explicações históricas dos sistemas de parentesco e a escola de L’Année Sociologique negligenciara inteiramente o tópico.” (p.74, ¶6 – p. 75, ¶ 1)
Anny Karoline
Referências Bibliográficas
KUPER, A. Malinowski. In: KUPER, A. Antropólogos e Antropologia. Rio de Janeiro: F. Alves, 1978. p.11-48.
KUPER, A. Radcliffe-Brown. In: KUPER, A. Antropólogos e Antropologia. Rio de Janeiro: F. Alves, 1978. p.51-84.
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